segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Maite Perroni na revista Explore

Maite

Maite Perroni foi entrevistada pela jornalista Celeste Rodas de Juárez da Revista Explore, conversa que foi publicada na edição de fevereiro! Confira os scans e a entrevista traduzida:

Maite Perroni: sua vida após o RBD

Maite Perroni é fruto de um fenômeno cultural chamado RBD, grupo musical que enlouqueceu a juventude em toda a América Latina, de 2004 a 2008. Junto a seus companheiros (Dulce María, Christopher Uckermann, Chrisitan Chávez, Anahí Puente e Alfonso Herrera), Maite vendeu 17 milhões de downloads de sua música e 20 milhões de discos. Além do sucesso da novela Rebelde, que foi exibida em, mais ou menos, 65 países.

Depois da dissolução do RBD, todos seus companheiros lançaram-se como solistas, mas ela preferiu concentrar-se em fazer novelas. Também teve tempo para o amor, pois entrou em uma relação com o cantor Mane de la Parra (Esperanza del Corazón, Siente), a qual muitos apostavam que terminaria em casamento. Porém, horas antes de nossa entrevista, o casal anunciou que terminou o namoro. A notícia causou tanto barulho, que pensamos que nossa entrevista seria cancelada. Longe disso, a protagonista de novelas comoRebelde e Cachito de Cielo nos atendeu pelo telefone desde a Cidade do México, e se mostrou extremamente jovial e otimista durante nossa conversa.

Qual a diferença entre a Maite Perroni que deu volta na América Latina com o RBD e a que conversa comigo agora?

A essência continua a mesma, com muita vontade de trabalhar e estar perto de uma família que amo, mas agora com experiências que me permitiram crescer. Tive sofrimentos (como quando soube que minha mãe tinha câncer), decepções as quais eu prefiro não falar, mas também tive muitas alegrias. Tudo isso contribuiu para que agora, decida me fixar sozinha em um palco e cantar em um lugar no qual posso sentir melhor e identificar-me mais com meu público.

Dos integrantes do RBD, a única que não lançou o disco solo depois de sair do grupo foi você. Por quê?

Acredito que as coisas foram acontecendo em um momento apropriado. Quando saí do RBD, queria construir uma carreira independente do que o RBD havia representado. Nestes quatro anos, tive quatro papeis protagônicos que permitiram me conhecer melhor e explorar o que era que eu queria propor pessoalmente em minha música.

Qual foi a conclusão? Em que tipo de música você quer focar?

Quero cantar músicas que tenham algo a dizer, como na época dos anos 80, quando cantores como Yuri, José José ou Pandora nos comovia com o que cantavam. Meu som não será como o dos anos oitenta, mas quero realmente que minhas letras comuniquem algo. Minha meta não é que, quando as pessoas me escutarem na rádio digam: “Ah, essa é a Maite!”, e sim que realmente se emocionem com o que escutem. E se descobrirem que era eu a que levava essa mensagem, que bom!

Agora estou concentrada em ter aulas de canto, dança e esperamos que antes do verão, meu disco com Warner Music já está com meus fãs.

Muitos desses fãs estão contigo desde a épica do RBD. Como foi a vida em um grupo juvenil?

Muito divertida, havia muita energia ao redor, muitas históricas diferentes e personalidades distintas, mas isso era parte da aventura. RBD foi algo tão bonito, que se eu voltasse a ter 20 anos, queria voltar a vivê-lo dessa mesma maneira.

O que você perde com as turnês?

Não gosto de ver o que perdi, porque você ganha muito mais. É fato, sente falta da família, mas por outra parte estávamos na idade a qual podíamos aproveitar nosso tempo, as novas coisas que vivíamos. Imagina? Nossa única responsabilidade era voltar a subir em um palco.

Qual foi o momento mais difícil com o RBD?

Foi em 2006, quando faleceram três fãs nossos no Brasil. Estávamos em um centro comercial com milhares de fãs e derrubaram uma barra de segurança. Para todos nós, foi uma etapa bastante triste, porque nossa intenção era levar alegria e amor às pessoas. Não entendíamos como algo tão bonito terminou em algo tão triste. Isso nos marcou muito.

E o momento mais alegre?

Felizmente, me custa muito trabalho eleger somente um, porque com o RBD tivemos muitíssimos momentos bons, como o primeiro show fora do México. Foi na Colômbia, e pela primeira vez nos demos conta da dimensão que havia tomado o grupo. Nesse show em Bogotá, havia 54 mil pessoas esperamos pela gente. Era o primeiro país que íamos e nos receberam assim. De repente começou a chover e não atrapalhou em nada. Todos, tantos os fãs como nós, estávamos molhados, mas seguimos cantando juntos até o final. Alí caiu a ficha de que nunca ia poder viver sem cantar.

Então por que você se concentrou na atuação?

Foi apenas o tempo preciso para buscar minha identidade musical. Além de que, meu primeiro amor foi a atuação, de fato, quando entrei ao RBD, entrei pensando em minha carreira como atriz, não na música. Assim descobri que os palcos são viciantes.

E das novelas, o que mais te surpreendeu?

Ver a diversidade de público que existe. Quando estava em Rebelde, os fãs eram crianças e jovens. Em Mi Pecado, senhoras, e em Triunfo del Amor, senhores! As pessoas se surpreenderiam ao descobrir a quantidade de homens ou garotos que veem novelas, e o quanto fieis são! Há uns dias, um jovem me enviou um “tweet” mostrando que tatuou em seu braço a frase “Maite, todo meu amor”. Fiquei muito impactada em ver tudo o que sente e o que pode fazer um fã.

Também podemos te ver em algumas campanhas publicitárias. Como você vê essa faceta em sua carreira?

Com muita responsabilidade. Por isso, mesmo recebendo muitas ofertas de produtos para que seja parte de suas campanhas, só escolho aquelas que são congruentes com meu estilo de vida: os produtos que uso para o meu cabelo, os sorvetes que me agradam e ainda aqueles que criam consciência sobre o câncer de seio. Sempre estou pedindo para que as mulheres façam um auto-exame. Uns minutos ao mês podem salvar suas vidas. Minha mãe descobriu a tempo e graças a isso estamos juntas.

Em março, você completa 30 anos. Como você analisa a vida com essa idade?

Incrível. Me sinto em um momento muito produtivo, muito consciente de mim mesma. Me sinto completa. Felizmente, estou rodeada das pessoas que amo, de trabalho, de vida e em um ponto do qual vejo uma perspectiva completa, todo um mundo de possibilidades maravilhosas.

Nessa perspectivam que papel está amar de novo?

Sou feliz. O amor não é algo que me inquieta, muito menos o casamento. Para mim, o importante é ser congruente com minha vida. Sim, gostaria de construir um lar algum dia, mas atualmente prefiro viver cada dia e me concentrar neste momento. Não sei o que passará amanhã. Agora me dedico a seguir vivendo o dia de hoje.

:: Tradução: MaiteMVP.com

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